Descobrir o Salão Egípcio, com pinturas murais interiores que lembram o tempo dos faraós, e ser confrontado com o estado de abandono em que se encontra, desperta um sentimento de revolta a todos quantos têm a oportunidade de entrar no nº 9, da Rua do Souto, em Braga.
Inacreditável, sem dúvida!
Para perceber os contornos deste processo, que se arrastou no tempo, aconselhamos a consulta de informação disponível neste blogue:
- 2002
- 2003
- 2005 - a ASPA desencadeou o processo de classificação de interesse concelhio tanto para a Sala Egípcia como para a Barbearia Matos.
- 2006 - o IGESPAR remeteu o processo para a alçada da Câmara Municipal de Braga, sugerindo a classificação como "imóvel de interesse municipal".
- 2102 - a Assembleia Municipal de Braga recusou uma proposta de recomendação à CMB para classificação do Salão Egipcio como imóvel de interesse municipal.
- 2013 - A Assembleia Municipal aprovou finalmente uma recomendação à CMB, para que classificasse o Salão Egípcio como imóvel de interesse municipal.
A Barbearia Matos já não existe! O Salão Egípcio encontra-se em
avançado estado de degradação!
O atual executivo municipal terá já desencadeado o processo de classificação do edifício como Imóvel de Interesse Concelhio?
O proprietário terá sido responsabilizado de modo a realizar as necessárias obras de conservação do edifício e evitar a crescente degradação das pinturas murais?
Esperamos que o executivo municipal esteja atento e tome medidas que permitam honrar opções futuras de valorização deste património bracarense. Património que um dia poderá constituir um atrativo turístico para Braga.
Louvamos a persistência de Fernando Mendes e Leonardo Rodrigues, na divulgação deste património bracarense. Agradecemos a Fernando Mendes as fotografias que aqui divulgamos, comprovativas do estado em que se encontram as pinturas murais realizadas por Lúcio Fânzeres, pintor bracarense que na década de 30, do séc. XX, nos deixou esta obra pictórica.
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