INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2023 comemorou 46 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CONVERSAS SOBRE IMAGENS DE BRAGA - 2ª sessão

A 2ª sessão de "Conversas sobre imagens de Braga" é já na próxima 5ª feira, 3 de janeiro, às 18H, no Museu Nogueira da Silva.

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sábado, 22 de dezembro de 2012

MOBILIÁRIO URBANO - bancos da Avenida Central

"Afinal o que é o Património Cultural de que hoje tanto se fala? Trata-se de um conceito difícil de explicar, por vezes ambíguo e de limites mal definidos. Podemos dizer que o Património Cultural é a biografia de um povo, o seu bilhete de identidade. 


Património Cultural é uma herança que recebemos e, como todas as heranças, serve para as gozarmos e protegermos e não para desperdiçar, deve-se conservá-la e valorizá-la.



É uma herança material (o Património construído) e espiritual (a Tradição Oral).
Património cultural é ainda o legado que um povo transmite ao futuro, mas que também deve construir nos nossos dias.
É um vestígio material que tem uma marca própria, uma identidade, uma raíz comum, mas também algo que se sobrevive na nossa memória colectiva, que se transmite oralmente.
O Património Cultural é a língua, a nossa língua.
É o grande monumento (Catedral, Castelo), a capelinha rústica.
... ".

Património Cultural é o banco de jardim, o candeeiro público, as lajes graníticas dos passeios percorridas pelos nossos antepassados, os aquedutos das Sete Fontes que abasteciam a cidade de água no séc XVIII, etc, etc.

Ignorar ou retirar marcos de um passado recente, ou mais longínquo, que se encontram no espaço público, é não só  perda de Património, mas também um atentado contra a memória coletiva do povo. Neste caso, dos bracarenses. 
É também uma grande perda em termos turísticos para a cidade, quem lá faz negócio e quem lá vive.

Limpar e recuperar os bancos da Avenida Central, e voltar a colocá-los no local de onde foram retirados, é por isso mesmo o expectável no espaço público.
Braga e os bracarenses merecem esse respeito.

Para saber mais sobre proteção legal de bens culturais  - Lei nº 107/2001.

Está à vista de todos que a troca de bancos em algumas zonas da Avenida Central não foi ideia feliz, pois a degradação é já grande apesar de terem decorrido poucos anos. Os vermelhos, de fabrico robusto, continuavam a resistir.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

RECOLHIMENTO DAS CONVERTIDAS - opiniões sobre a utilização futura

São variadas as opiniões sobre a utilização a dar ao Recolhimento das Convertidas e, para facilitar a consulta dos textos publicados na imprensa local, optámos por os disponibilizar neste espaço... à medida que vão sendo publicados.
Para a ASPA, qualquer intervenção neste edifício terá de ser extremamente cuidada, conforme alertámos já em vários Entre AspasDeverá integrar um gestor habituado a trabalhar em centros históricos, um arquitecto especializado na recuperação de edifícios conventuais, um historiador de arte do período barroco e especialista em memória das mulheres do mesmo período. 
Com o comunicado à imprensa pretendemos esclarecer qualquer dúvida que persistisse, razão pela qual foi divulgado na íntegra num Entre Aspas.






terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Entre Aspas - "COMUNICADO: Um futuro para o recolhimento das Convertidas"

A ASPA não quer para as Convertidas mais do que o potenciamento do seu valor patrimonial futuro, para além de todas as circunstâncias. As Convertidas são um património de todos os bracarenses, de todas as gerações, de todos os estratos sociais, de todas as filiações da memória.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Comunicado "UM FUTURO PARA O RECOLHIMENTO DAS CONVERTIDAS"


A ASPA regozija-se com o interesse crescente dos bracarenses pelo seu património cultural e natural, sobretudo, pelo modo como este tem vindo a conquistar os seus corações, e saúda todos aqueles que têm feito da sua defesa uma das principais causas cívicas do nosso município. Estamos confiantes que novos tempos se aproximam para o património cultural e natural de Braga.
Desde o ano de 1998, em que pedimos a classificação do Recolhimento das Convertidas, na Avenida Central, nunca nos conformámos perante a sua acentuada degradação e sempre alertámos para a necessidade imperiosa da sua defesa e reabilitação.
Através deste Comunicado partilhamos com os bracarenses  a nossa opinião quanto ao futuro do Recolhimento das Convertidas, um monumento finalmente classificado como imóvel de interesse público.
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"CONVERSAS SOBRE IMAGENS DE BRAGA" - 1ª sessão

Sendo Braga uma cidade com séculos de existência e com um passado tão rico, a imagem mais antiga que foi possível interpretar nesta 1ª sessão de "Conversas sobre a imagem de Braga" foi uma página do Tombo do Cabido, um documento que refere as ruas da cidade de então, datável do último terço do séc. XIV, escrito em português e em letra gótica. Foi mostrado o primeiro fólio, onde se referem os limites da Rua do Souto e alguns moradores. 
Numa apresentação serena, entre amigos de longa data e outros curiosos sobre a história de Braga, Eduardo Pires de Oliveira centrou-se em três imagens que nos levaram a um passado longínquo, até aos finais do séc. XVII - mapa de Braunio, imagens da "Sé velha" existentes em pedra na capela de S. Lourenço da Ordem e em latão na porta principal da Sé, e o mapa de 1693 (?).
As Mínias, publicadas pela ASPA, e a revista Fórum, da responsabilidade do Conselho Cultural da Universidade do Minho ou a Bracara Augusta, da Câmara Municipal, foram dadas como exemplo de publicações onde os mais curiosos podem encontrar estudo sobre Braga e o seu passado.

Esta sessão teve ainda a presença de Ricardo Janeiro, informático e fotógrafo, que explorou o tratamento da imagem que se destina a utilização on-line - facebook, blogues, etc. - de modo a não perder o original e evitar utilização de imagens demasiado "pesadas" na net.

As "Conversas sobre a imagem de Braga" terão lugar nas primeiras quintas-feiras de cada mês, sempre ao fim da tarde (18h00) e no Museu Nogueira da Silva, entidade com quem a ASPA tem um protocolo que permite a conservação e salvaguarda dos seus arquivos fotográficos Manuel Carneiro e Arcelino. 
São da responsabilidade de Eduardo Pires de Oliveira e António José Mendes.

A próxima sessão será no dia 3 de Janeiro.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CONVERSAS SOBRE IMAGENS DE BRAGA


Amanhã, dia 6 de Dezembroquinta-feira, às 18H00, no Museu da Casa Nogueira da Silva, na Avenida Central, Braga, dar-se-á início à primeira das “Conversas sobre imagens de Braga”, uma atividade da ASPA que tem entrada livre.

A imagem urbana, sobretudo a que respeita a locais que, ou desapareceram, ou foram alterados, foi sempre objeto de grande admiração pelo comum das pessoas. Exposições como a que teve lugar na década de 1960, com fotografias de Manuel Carneiro, a que foi feita pela ASPA, em que se apresentaram cerca de 500 postais da cidade, a que foi realizada pelo Museu Nogueira da Silva sobre o Passeio Público, também com imagens de Manoel Carneiro ou, mais recentemente, outras levadas a cabo pelo Museu da Imagem, tiveram um sucesso imenso, de tal forma que alguns dos seus catálogos estão hoje esgotados.

Mas a imagem de uma cidade não se restringe à fotografia ou postais. Teremos também que considerar os desenhos, pinturas a óleo ou outras técnicas, gravuras, cartazes e, porque não, a cartografia. Dentro de um espírito mais lato, deveremos ainda considerar toda uma outra série de materiais, como os bilhetes de cinema ou dos transportes públicos, o papel de embrulho ou de ofício, de casas comerciais e outras, os anúncios de lançamentos de livros, de exposições, ou até de produtos comerciais, etc., etc.

Nos últimos tempos, tem aparecido na net uma série de imagens de Braga, na sua maior parte com algumas décadas, as quais têm suscitado um debate, em geral animado.

A nossa intenção é a de fazer passar o debate para um local onde as pessoas se possam encontrar fisicamente e, ao mesmo tempo, dar algumas informações de carácter histórico, artístico ou técnico, sobre algumas imagens que levaremos, ou que os participantes possam trazer.

Estes encontros, a que informalmente chamaremos “Conversas sobre imagens de Braga”, terão lugar no Museu Nogueira da Silva, na primeira quinta-feira de cada mês, pelas 18H00, com a duração de 60 minutos. 

António José Mendes / Eduardo Pires de Oliveira

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ENTRE ASPAS - "PDM3" e Alameda a Sul do novo hospital de Braga

No Entre Aspas desta semana a reflexão sobre o PDM de Braga é centrada na rede viária em torno do Complexo das Sete Fontes (Monumento Nacional), sendo apresentada uma solução sustentável, que não penaliza o monumento e facilita a mobilidade e acessibilidade no concelho. 
Recordamos que a opção autárquica definida no PDM (versão de 2001) traça parte da variante à EN 103 atravessando o Vale das Sete Fontes (a ZEP do MN) e, posteriormente, o Plano de Pormenor de Sete Fontes apresentado pelo executivo, mantém essa opção (quando devia ser elaborado um Plano de Pormenor e Salvaguarda), prevendo ainda uma rotunda com cinco vias na cabeceira do Sistema Hidráulico Setecentista
O relatório da participação pública no PP de Sete Fontes permite perceber de que modo a CMB interpretou as propostas dos participantes, aumentando a apreensão por parte dos defensores do monumento.
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Localização da Alameda a Sul do novo hospital de Braga: fora da ZEP mas em zona de risco
Aproxima-se a data limite de apresentação de propostas para construção da alameda a sul do novo hospital de Braga, conforme definido no anúncio do concurso publicado em Diário da República.
A ASPA alerta para a necessidade de se realizar um acompanhamento rigoroso da obra, uma vez que toda a zona é de grande sensibilidade patrimonial, conforme se verificou aquando da construção do hospital (durante a qual os registos científicos ficaram muito aquém do que seria desejável perdendo-se inúmeros dados).
Tratando-se da encosta sul (soalheira) a possibilidade de achados relevantes é maior, pelo que os revolvimentos de terras e as aberturas de valas para saneamentos podem colidir com estruturas  romanas ou medievais desconhecidas ou mesmo vestígios pré-históricos abundantes em toda a zona.


            Linha preta - ZEP do Monumento
            Linha verde mais curta - Alameda

Mais pormenores sobre o assunto em:


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A "ANDORINHA" volta para Nine

A "Andorinha" volta provavelmente para Nine... conforme pretendiam  defensores do património local.
Estão de parabéns os signatários da carta aberta enviada a várias entidades para que a mais antiga locomotiva portuguesa se mantivesse na Cocheira de Locomotivas, em Nine.