INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2023 comemorou 46 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

ENTRE ASPAS "O futuro do património arqueológico de Braga" e "A zona sudoeste de Bracara Augusta"


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Bracara Augusta deixou-nos vestígios variados de uma cultura bem diferente da dos povos que antes habitavam o território que hoje é conhecido por Braga. As ruínas de domus, os banhos públicos (Termas Romanas) e o Teatro Romano,  bem como as peças do quotidiano dessas gentes, encontradas em escavações, são bens culturais que importa conhecer, valorizar e preservar.

 




Francisco Sande Lemos chama a atenção para a importância de um plano de estudos pormenorizado, para a zona que fica a sul e sudoeste do Alto da Cividade.

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Nesta fotografia, que supomos ter sido obtida num voo de final dos anos sessenta do século passado (ou ligeiramente posterior), observa-se a zona sudeste de Braga, com campos agrícolas que, durante séculos, esconderam grande parte da cidade romana.

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Francisco Sande Lemos, arqueólogo, presidente da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho durante largos anos, autor de uma vasta bibliografia sobre Braga, resultado das escavações que dirigiu, ajuda-nos a interpretar a Braga atual a partir desta imagem com cerca de 60 anos.  

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Em que parte da cidade foram descobertas as ruínas mais importantes de Bracara Augusta?

Em que data?

O que estava previsto para esta zona da cidade?

O que se perdeu?

Como foi possível impedir a destruição de uma parte das ruínas romanas de Bracara Augusta, apesar das intenções da Câmara, à época, para esta zona da cidade?

Qual o papel da ASPA no Salvamento de Bracara Augusta?

Por que razão é importante um plano de estudos pormenorizado para esta zona de Bracara Augusta?


domingo, 12 de fevereiro de 2023

ENTRE ASPAS "ECOPARQUE DAS SETE FONTES: para quando?"


Parte da área que as Unidades de Execução 6 e 7 irão libertar para o EcoParque das Sete Fontes.




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O
Plano de Urbanização das Sete Fontes viabiliza a salvaguarda do monumento e da água que o suporta e tem em vista a criação do EcoParque das Sete Fontes. Os estudos prévios - hidrogeológico e arqueológico - foram o suporte para as decisões (cronologia do processo).

Foi aprovado pelo Executivo Municipal e em Assembleia Municipal, seguido de publicação em Diário da República (2021). Inclui 30 ha de Parque verde público e 30 ha de área florestal privada e 30 ha de área urbana (como frente edificada marginal ao EcoParque), respeitando a Zona Especial de Proteção (ZEP) do Sistema de Abastecimento de Água à Cidade de Braga, no séc. XVIII (Monumento Nacional).

O Estudo Prévio para o EcoParque das Sete Fontes, organizado pela equipa liderada pela Arquiteta Paisagista Teresa Andresen, também foi aprovado pelos órgãos autárquicos. Em 2023, estando aprovadas as Unidades de Execução 6 e 7 (urbanísticas), espera-se que os responsáveis autárquicos avancem com o processo que levará à elaboração do Projeto paisagístico para o EcoParque das Sete Fontes, de acordo com o Estudo Prévio aprovado (memória descritiva).  

Importa ter presente que o objetivo principal deste Plano de Urbanização é a criação do EcoParque das Sete Fontes na envolvente do Sistema Hidráulico Setecentista, indispensável à proteção do monumento nacional e do manancial de água que o suporta. 

A ASPA considera essencial que o EcoParque seja construído por etapas, conforme previsto, o que pressupõe a existência de um Projeto Paisagístico que, tudo indica, ainda não foi elaborado. Exige um concurso público no sentido de atribuir essa função a uma equipa credenciada que terá por base o Estudo Prévio aprovado.

QUER CONHECER A ÁREA ALVO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO E A ÁREA DE CEDÊNCIA QUE SERÁ LIBERTA, PARA O ECOPARQUE, PELAS UE 6 e 7?

Plano de Urbanização das Sete Fontes. Planta de Zonamento 

- 30 ha de parque verde público

- 30 ha de área florestal privada

- 30 ha de área urbana com a criação de praças, edificações e vias de circulação; como frente edificada marginal ao EcoParque das Sete Fontes.




Unidade de Execução 6 

(delimitada a vermelho)

A área verde desta UE é área de cedência a libertar para o EcoParque das Sete Fontes.






Unidade de Execução 7 

(delimitada a vermelho)

A área verde desta UE é área de cedência a libertar para o EcoParque das Sete Fontes. 

O Estudo Prévio aprovado prevê "a construção de uma bacia de retenção, que é formalizada pela criação de um lago naturalizado, estudado de forma a que este se possa constituir como uma bacia com a função de acumulação de águas, capaz de minimizar eventuais picos de cheia”.