INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2024 comemorou 47 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

ENTRE ASPAS: "Conversas sobre Imagens de Braga - A Arcada Revisitada"

"A Arcada é a sala de visita da cidade e também um dos locais que mais transformações tem sofrido ao longo da sua existência...".
Descobrir a cidade a partir de imagens é o desafio colocado nas sessões "Conversas sobre imagens de Braga", realizadas no Museu Nogueira da Silva (18:00 às 19:00H), na primeira 5ª feira de cada mês.
A próxima sessão terá lugar no dia 2 de maio.

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domingo, 21 de abril de 2013

SETE FONTES - os movimentos de cidadãos terão conseguido alertar a CMB?

O debate sobre o futuro do Complexo das Sete Fontes, promovido pela Braga + e JovemCoop, reuniu pela primeira vez o consenso por parte dos peticionários pela salvaguarda das Sete Fontes, associações e partidos políticos. 
O vereador Hugo Pires anunciou grandes novidades quanto ao Plano de Pormenor (e Salvaguarda):

  • a CMB desiste da variante à EN 103 (atravessando o monumento nacional), e da rotunda com cinco vias na cabeceira do Sistema,  devidamente protegida na ZEP (onde se faz  a adução de água):
  • dá a garantia de realização de obras de drenagem na estrada de acesso ao hospital (que não foram realizadas à data da construção);
  • promete a realização de obras de conservaçãoem articulação com a DRCN, no sentido da conservação das estruturas do Sistema Hidráulico Setecentista que se encontram em risco (agravado depois das obras do hospital);
  • promete reduzir a impermeabilização do solo e a área de construção; só reduz 30 a 40% a construção!?
Face a estes compromissos renasce a esperança de que se consiga ir a tempo de salvar o monumento, o manancial de água que ainda suporta e a envolvente que  o caracteriza.
Aguardamos a divulgação do Plano de Pormenor (e Salvaguarda) e a abertura do processo de participação pública.
Estaremos atentos.
A RUM e a imprensa deram eco dessa mudança de planos, que tinha sido exigida por várias organizações  e dirigentes partidários da oposição.
Diário do Minho - 20 de maio 2013
No sábado, 20 de abril, o vereador Hugo Pires participou na visita ao Complexo das Sete Fontes, verificou no terreno o estado de abandono do MN e o risco a que estão sujeitas as estruturas do Sistema Hidráulico Setecentista. 





SALÃO EGÍPCIO... cada vez mais curiosos e apoiantes

Fernando Mendes e Leonardo Rodrigues têm conseguido abrir as portas do Salão Egípcio à curiosidade dos bracarenses, alertando deste modo a opinião pública para a urgência da sua salvaguarda. Um bom exemplo de divulgação do património.
Por que motivo está o imóvel e as pinturas, num estado de degradação tão acentuado?
Por que motivo este espaço não teve a devida atenção por parte da câmara municipal de Braga?
Por que motivo nunca foi aproveitado sob o ponto de vista turístico? 
O certo é que a 26 de Fevereiro de 2005, a ASPA desencadeou o processo de classificação de interesse concelhio tanto para a Sala Egípcia como para Barbearia MatosUm ano depois o IGESPAR remeteu o processo para a alçada da Câmara Municipal de Braga, sugerindo a classificação como "imóvel de interesse municipal"... o que não se concretizou!
A Barbearia Matos foi desativada! O Salão Egípcio está em avançado estado de degradação a necessitar de obras urgentes!
Para perceber melhor este processo:
Diário do Minho - 21 abril 2013

quinta-feira, 18 de abril de 2013

RECOLHIMENTO DAS CONVERTIDAS... 2ª opção da CMB para Pousada da Juventude

De acordo com as declarações da CMB, veiculadas pela imprensa, a segunda escolha da autarquia para instalar a Pousada da Juventude incide nos terrenos anexos ao Recolhimento das Convertidas?!
Mas por terreno anexo o que se entende afinal? O logradouro do Recolhimento das Convertidas, um espaço mínimo? Ou o interior do quarteirão que pertencerá a casas vizinhas? 
Essa opção implica a compra dessa(as) casa(s) e respetivos logradouros (área verde)?
Implica, por outro lado, que os solos do miolo do quarteirão urbano sejam impermeabilizados com uma nova construção?! 
Os bracarenses vão, com certeza, querer saber pormenores sobre esta solução recentemente avançada pelo engº Mesquita Machado. Afinal trata-se de assunto de interesse público.

Chamamos a atenção para o entendimento da ASPA sobre o futuro do Recolhimento das Convertidas e outras opções para a Pousada da Juventude.

A imagem obtida a partir do Google Maps poderá ajudar a perceber a situação.
Diário do Minho - 11.Abril 2013
Correio do Minho - 11.Abril 2013




quinta-feira, 11 de abril de 2013

RUA DE S. DOMINGOS... a obra tem acompanhamento da DRCN?

No início da Rua de S. Domingos, em área de proteção da Igreja de S. Victor (monumento de interesse público), decorrem obras que alteraram por completo as características dos edifícios originais. 
Porque estranhámos estas obras, colocámos as seguintes questões à câmara municipal de Braga:
  • tratando-se de obra em área de proteção de monumento, será que possui autorização prévia da Secretaria de Estado da Cultura, através da Direção Geral do Património e da Direção Regional da Cultura Norte?
  • uma vez que a zona é considerada de elevada sensibilidade arqueológica, pelo facto de se admitir que a igreja assenta sobre uma villa romana, as obras foram precedidas de  trabalhos arqueológicos?
Ainda não obtivemos resposta!
A câmara de Braga não tem disponibilidade para esclarecer os cidadãos? Por falta de pessoal qualificado ou por carência de formação democrática por parte do executivo municipal?



quarta-feira, 10 de abril de 2013

ENTRE ASPAS - "A primeira milha da via entre Bracara Augusta e Asturica Augusta (por Aquae Flaviae)"

Braga é, lamentavelmente, uma cidade que não tem sabido valorizar o património que recebeu de gerações passadas! 
Durante obras recentes muitas foram as pessoas que tiveram a oportunidade de observar e fotografar alguns vestígios romanos deixados a descoberto, por curto período de tempo, no espaço público.  
Neste breve passeio, de apenas uma milha romana, a nascente de Bracara Augusta, os leitores são desafiados  a descobrir o passado longínquo da terra onde vivem e a perceber a importância de algumas descobertas ocorridas no âmbito das obras "A Regenerar Braga".
Como é possível não existir ainda sinalética que identifique os diferentes espaços da cidade cuja estrutura foi marcada pela urbe da Antiguidade Clássica, pela racionalidade e dinamismo do Império Romano? 
Por que motivo nunca avançou o Parque Arqueológico de Braga, de indiscutível importância em termos turísticos
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Diário do Minho - 08.abril.2013

domingo, 7 de abril de 2013

COMPLEXO DAS SETE FONTES - abandono, degradação e desperdício!

O Complexo das Sete Fontes foi ignorado pelo município bracarense nos documentos estratégicos para o concelho, apesar do processo de classificação ter iniciado em abril de 1995, pouco depois de a ASPA ter instruído o processo de classificação junto do IPPAR!
Em 2011 o estado português reconheceu, finalmente, a sua importância, assumindo-o como monumento de interesse nacional.
Foi também definida  a respetiva zona especial de proteção (ZEP).

As imagens que hoje recolhemos na área da ZEP do monumento nacional refletem, mais uma vez, a falta de cuidado do município, a quem compete conservar, cuidar e proteger devidamente o bem, de forma a assegurar a sua integridade e evitar a sua perda destruição ou deterioração. O que tem feito a Direção Regional de Cultura Norte no sentido da salvaguarda do  Complexo das Sete Fontes?
Para observar pormenores das imagens, abrir hiperligação em novo separador

 O lixo abandonado na mata, junto aos prédios, é o cartão de visita no monumento nacional! Observável também em alguns outros locais do monumento, muito provavelmente espalhado por animais.

A força da água é tal que não cabe nos aquedutos. A água corre à superfície em direção a condutas existentes junto à zona comercial, encaminhando-a muito provavelmente para o Rio Este.
A água é um recurso natural de grande valor na atualidade. Mas  em Braga é desperdiçada deste modo!


A degradação mantém-se na envolvente de algumas minas... 
É este desrespeito pelo património e ambiente que os bracarenses desejam para o seu concelho?