INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2024 comemorou 47 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

ENTRE ASPAS "As ruas do nosso desassossego"

Braga e os seus habitantes mereciam ter acesso aos projetos que alteram significativamente a imagem urbana. Mais: é consabido que dificilmente existem soluções satisfatórias que não nasçam da discussão alargada. Além disso, a participação dos cidadãos coresponsabiliza-os. 

Em 2012, tivemos o projeto “A Regenerar Braga”, uma série de operações que resultou num sortido de formas de tratar o espaço público, umas melhores do que outras, mais ou menos bem aplicadas, mas destituídas de vocação para a unidade e coerência do corpo da cidade.

Em 2022, surge um projeto moderno – “Eu Já Passo aqui” –, mas que mantém práticas do passado: substitui o antigo, mas sem promover uma melhoria, sem acrescentar valor estético e dignidade. Enquanto Braga dorme, embalada por uma hipotética resposta às exigências de uma nova mobilidade (segundo um projeto absolutamente desconhecido e que nem existirá), gasta-se muito dinheiro, perde-se tempo e desperdiçam-se oportunidades que não voltam.

Ao fim de décadas de poder local, Braga continua a deambular, sem rumo e sem apontar a um futuro compatível com uma cidade europeia.

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