Braga e os seus habitantes mereciam ter acesso aos projetos que alteram significativamente a imagem urbana. Mais: é consabido que dificilmente existem soluções satisfatórias que não nasçam da discussão alargada. Além disso, a participação dos cidadãos coresponsabiliza-os.
Em 2012, tivemos o projeto “A Regenerar Braga”, uma série de operações que resultou num sortido de formas de tratar o espaço público, umas melhores do que outras, mais ou menos bem aplicadas, mas destituídas de vocação para a unidade e coerência do corpo da cidade.
Em 2022, surge um projeto moderno – “Eu Já Passo aqui” –, mas que mantém práticas do passado: substitui o antigo, mas sem promover uma melhoria, sem acrescentar valor estético e dignidade. Enquanto Braga dorme, embalada por uma hipotética resposta às exigências de uma nova mobilidade (segundo um projeto absolutamente desconhecido e que nem existirá), gasta-se muito dinheiro, perde-se tempo e desperdiçam-se oportunidades que não voltam.
Ao fim de décadas de poder local, Braga continua a deambular, sem rumo e sem apontar a um futuro compatível com uma cidade europeia.
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