Foi hoje(3maio) assinado um protocolo entre a DRCN/Mosteiro de Tibães e o GAMT, tendo em vista a entrega, ao Mosteiro de Tibães, da biblioteca de Ademar Ferreira dos Santos.
Para além de uma reflexão sobre a personalidade de Ademar, que vincou o seu papel na defesa do património, e o merecido destaque à luta que travou, como membro da ASPA e jornalista, pela salvaguarda do Mosteio de Tibães, foram apresentadas particularidades da extensa biblioteca doada, em especial as obras relativas a património bracarense, quer construído quer etnográfico.
Esta cerimónia contou com a colaboração do Sindicato da Poesia, que nos brindou com a leitura de textos do Ademar surgidos em publicações da ASPA, demonstrativos da preocupação que tinha relativamente a uma intervenção desajustada em Tibães, caso não fosse respeitada a identidade e espírito do Mosteiro Beneditino.
"Lembramos que Ademar Ferreira dos Santos (9.12.1952/22.5.2010) ocupa lugar de relevo no panteão das memórias do Mosteiro de São Martinho de Tibães. Membro do conselho directivo da ASPA - Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural – desempenhou papel fundamental no resgate patrimonial do Mosteiro.
Os seus artigos no Jornal Expresso de 27 de Março, 13 de Novembro e 10 de Dezembro de 1982 – “Mosteiro de Tibães: quando as árvores morrem de pé”; “Do Mosteiro de Tibães já se vendem as pedras” e “Mosteiro de Tibães: qualquer dia já não há nada para se vender” denunciaram, à escala nacional, a ruína, abandono e delapidação daquele património que amou e estudou profundamente. Investigando a história, trabalhando documentos e memórias, recolhendo depoimentos, produziu o notável trabalho “Mosteiro de Tibães (1834-1864), trinta anos para perder o rasto de uma memória de séculos” publicado no nº 8 da Revista Mínia, apresentada publicamente no Mosteiro de Tibães em Novembro de 1987. Durante vinte cinco anos acompanhou, apoiou e divulgou com entusiasmo todo o trabalho desenvolvido na recuperação e dinamização do Mosteiro de Tibães.
O GAMT aprovou o depósito desses livros no Mosteiro de Tibães não só para o enriquecimento da sua biblioteca mas também para perpetuar a memória de um dos combatentes pela sua salvaguarda e recuperação. Por sua vez a Direcção Regional da Cultura aceitou o depósito e a assinatura do protocolo aconteceu."
Aida Mata
Aconselhamos a leitura dos textos:
GAMT - Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães
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