Sabe-se hoje
que, tanto no Centro Histórico de Braga como na área envolvente, há indícios da
época calcolítica e da Idade do Bronze. Ao fundar Bracara Augusta o
poder romano escolheu um lugar já milenar. Sendo assim é, pois, absolutamente
natural e lógico que o subsolo do concelho de Braga seja valioso em património
arqueológico. E que obras que revolvem o subsolo colidam com evidências do passado.
Ora, a Constituição da República Portuguesa obriga o Estado, incluindo as
autarquias, a proteger esse património.
Nem
todos os achados justificam a sua preservação. Somente os de maior relevo. Todavia
é importante que tudo seja registado de modo rigoroso para que não se perca
conhecimento acerca da história da cidade e da zona envolvente. E é desejável
que a cidade tenha conhecimento do que se vai descobrindo nas inúmeras
intervenções e que seja informada do que se pretende conservar e musealizar.
Não
seria desejável aplicar, quanto antes, um sistema de informação simples,
objectivo e didáctico, que esclareça os bracarenses sobre as condicionantes
previstas em cada licenciamento, o andamento dos trabalhos e os resultados
finais? E, no caso de descobertas relevantes, dar a conhecer aos cidadãos o
desafio que se coloca, as implicações e eventuais alternativas?
CLARO QUE SIM!
Nenhum comentário:
Postar um comentário