INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2023 comemorou 46 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

ENTRE ASPAS "As duas primeiras milhas da via XVII no território de Braga"

Bracara Augusta era uma das principais plataformas viárias da Hispania. Em Bracara cruzava-se o extenso eixo atlântico entre Olisipo (Lisboa) e A Coruña com duas importantes vias provenientes da Meseta Norte Ibérica, da cidade de Asturica, designadamente a Via XVII. E de Bracara partia um outro extenso caminho que levava a Emerita Augusta, por Lamego e pela Egitânia.

Onde estão, na cidade do séc. XXI, as evidências da importante rede viária de Bracara Augusta? O que foi estudado? O que é conhecido? O que falta estudar? Nas faixas adjacentes à via XVII, na Senhora-a-Branca, em São Vítor, na zona da Casa das Goladas foram encontrados elementos relacionados com o caminho. estudo do espaço ocupado pela antiga saboaria Confiança é indispensável, e mesmo urgente, pelos motivos destacados no EA. 
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BIBLIOGRAFIA
(1) MARTINS, M. (1990) - O povoamento proto-histórico e a romanização da bacia do curso médio do Cávado, Cadernos de Arqueologia, Monografias 5, Braga.
(2) LEMOS, Francisco Sande (1993) – Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, Dissertação de Doutoramento, Universidade do Minho.
(3) MARTINS, Manuela; FONTES, Luís F. Oliveira; BRAGA, Cristina; BRAGA, José; MAGALHÃES, Fernanda; SENDAS, José (2010) Salvamento de Bracara Augusta: quarteirão dos CTT- Avenida da Liberdade (BRA 08-09 CTT): relatório final, Trabalhos Arqueológicos relatório final. Trabalhos Arqueológicos da UAUM/Memórias, 1, Unidade de Arqueologia da UM, Braga. 
(4) Notícias na Imprensa local (ex.).
(5) LEMOS, Francisco Sande (2001) - Arredores de Bracara Augusta – escavações arqueológicas na necrópole de S. Vítor, no contexto da via romana para Aquae Flaviae, Forum, 29, pp. 9-38.
(6) RODRÍGUEZ COLMENERO, A.; FERRER SIERRA, S.; ALVAREZ ASOREY, R.D. (2004) - Callaeciae et Asturiae Itinera Romana. Miliarios e outras inscricións viárias romanas do Noroeste Hispânico (Conventos Bracarense, Lucense e Asturicense).
(7) LEMOS, Francisco Sande - (2002) Bracara Augusta – A Grande Plataforma viária do Noroeste Peninsular”, Forum, 31, pp. 95-127.
(8) CARVALHO, Helena Paula Abreu de (2008) - O povoamento romano na fachada ocidental do Conventus Bracarensis. Dissertação de doutoramento, Universidade do Minho, Braga.   
(9) LEMOS, Francisco Sande; LEITE, José Manuel Freitas; RIBEIRO, Jorge M. Pinto; BRAGA, Cristina; MAGALHÃES, Fernanda – (2013) Salvamento de Bracara Augusta: Campus de Gualtar 2005 acrónimo BR 5UM: Relatório. Trabalhos arqueológicos da UAUM/Memórias, 57, Braga. Relatório. Trabalhos Arqueológicos da UAUM/Memórias, 37, Braga.  

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

ENTRE ASPAS: "Albano Belino, arqueólogo de cidades mortas"

Albano Belino tinha um sonho: criar um museu arqueológico em Braga.
Desencantado com a cidade de Braga, onde viu arrasado património insubstituível, doou a sua colecção arqueológica à Sociedade Martins Sarmento.

"Cidades Mortas",  publicado após a sua morte, ajuda a compreender a razão do interesse que tinha por Braga.


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

FÁBRICA CONFIANÇA: para instalação de valências culturais e sociais de usufruto público

A consulta do programa eleitoral da Coligação "Juntos por Braga", apresentado às autárquicas 2013, fazia acreditar que consideravam a  fábrica Confiança, como essencial, em termos culturais, para Braga. As promessas ao eleitorado mantinham a expetativa criada por Ricardo Rio, na campanha pré-eleitoral, quando considerava a compra da Confiança, pela CMB, de especial importância para:
- preservação da memória industrial;
- salvaguarda do ativo associado à fábrica Confiança;
- criação de espaços que pudessem servir para alimentar dinâmicas culturais na cidade e correspondessem a lacunas identificadas (antes de 2013);
- ligação à universidade;
- reordenamento urbana dessa zona da cidade.


AUTÁRQUICAS 2013
"Agenda para o Planeamento Ordenamento e a Regeneração Urbana"
Ponto 11) Desenvolvimento de um Programa para a recuperação do património edificado para a instalação de valências culturais e sociais de usufruto público. Nesta esfera, dar-se-á finalmente sequência ao Projecto para a Fábrica Confiança;"

"Agenda para a Dinamização Cultural e a Valorização Patrimonial
Ponto 13) Criação do Museu da Cidade (a integrar na Fábrica Confiança), bem como Espaços museológicos específicos nos domínios Etnográfico, Teatral e da Arte Sacra;"

Nas eleições Autárquicas  de 2017 há uma ligeira mudança, mas não abandona o objetivo da reabilitação da Fábrica Confiança. 


AUTÁRQUICAS 2017
"Braga, capital da Cultura
12) Análise sobre o futuro da antiga Saboaria e Perfumaria Confiança, tomando uma decisão definitiva sobre as suas oportunidades de reabilitação ou a sua alienação com vista ao financiamento de outras iniciativas culturais e patrimoniais (mas sempre com a salvaguarda dos valores arquitetónicos e a criação de núcleo museológico da fábrica original)."

Agora, em outubro de 2018, para surpresa de quem acompanha a política local e reconhece a importância deste edifício no desenvolvimento cultural do concelho, o Executivo Municipal opta pela alienação!
A que se deve esta mudança de atitude?
Por que razão não foram auscultados sobre este assunto os órgãos consultivos autárquicos: Conselho Municipal da Cultura e Conselho Estratégico para a Regeneração Patrimonial e Urbana de Braga (CERPUB)?

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

ENTRE ASPAS "FÁBRICA CONFIANÇA"

Depois do apelo à CMB e aos partidos políticos, a ASPA manifesta-se, novamente, contra a alienação da Fábrica Confiança. 
E alerta para aspetos que deverão ser devidamente analisados pelos representantes dos bracarenses na Assembleia Municipal de Braga. 


       




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