INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2024 comemorou 47 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

COLÉGIOS DE S. VICENTE

Dedicado artesão da palavra escrita, o dr. Domingos Alves oferece-nos mais um trabalho que resulta da sua qualidade de recolector de histórias e memórias da freguesia de S. Vicente. 
"Colégios privados em S. Vicente: Se alguns desapareceram, outros vieram para ficar", num volume de 114p., bem ilustrado, editado pela Junta de Freguesia de S. Vicente (Braga), fornece-nos um inventário daqueles estabelecimentos de ensino que tiveram ou têm sede na referida freguesia e de cuja existência o autor teve conhecimento.
Assim, para além do prestigiado Colégio D. Diogo de Sousa (que eu, mal chegado a Braga, frequentei no 1º semestre de 1959, para completar o 2º ano do ensino lineal), recorda-nos o tão inovador Colégio do Espírito Santo, em cujo edifício depois se instalou o Liceu Sá de Miranda (onde eu fiz o 2º e 3º ciclos, entre 1959 e 1964), o Colégio S. Geraldo, o efémero Colégio de S. Tomás de Aquino e ainda o bem conhecido Colégio Dublin (a que esteve ligado o Ten. Coronel Francisco Ogando, entusiasta membro da ASPA e no qual o meu filho fez a primária). Escasseiam (ou não foram encontradas) fontes documentais sobre a maioria destes colégios e não foi feita uma pesquisa profunda na imprensa, mas mesmo assim o autor carreia informação preciosa baseada na também escassa bibliografia e em depoimentos orais, revelando um conjunto de fotografias bem interessante. Domingos Alves abre portas para uma investigação mais exaustiva e fornece um contributo importante para uma futura história do ensino em Braga, para o qual o autor do prefácio, Prof. José Viriato Capela esboça algumas pistas. 

Bom seria que em cada freguesia do concelho bracarense aparecessem investigadores com vontade de reconstituir o seu passado como é o caso de Domingos Alves que, além do mais, é um estrúneo defensor do património cultural vicentino, cada vez mais ameaçado pela falta de "bom senso e bom gosto" da maioria autárquica que a partir da praça do Município governa Braga. 

Breve comentário de Henrique Barreto Nunes

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