INTERVENÇÃO CÍVICA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

A ASPA criou este blogue em 2012, quando comemorou 35 anos de intervenção cívica.
Em janeiro de 2024 comemorou 47 anos de intervenção.
Numa cidade em que as intervenções livres dos cidadãos foram, durante anos, ignoradas, hostilizadas ou mesmo reprimidas, a ASPA, contra ventos e marés, sempre demonstrou, no terreno, que é verdadeiramente uma instituição de utilidade pública.
Numa época em que poucos perseguem utopias, não queremos descrer da presente e desistir do futuro, porque acreditamos que a cidade ideal, "sem muros nem ameias", ainda é possível.

sábado, 3 de maio de 2014

ADEMAR FERREIRA DOS SANTOS - livros doados ao Mosteiro de Tibães


Foi hoje(3maio) assinado um protocolo entre a DRCN/Mosteiro de Tibães e o GAMT, tendo em vista a entrega, ao Mosteiro de Tibães,  da biblioteca de Ademar Ferreira dos Santos. 
Para além de uma reflexão sobre a personalidade de Ademar, que vincou o seu papel na defesa do património, e o merecido destaque à luta que travou, como membro da ASPA e jornalista,  pela salvaguarda do Mosteio de Tibães, foram apresentadas particularidades da extensa biblioteca doada, em especial as obras relativas a património bracarense, quer construído quer etnográfico.
Esta cerimónia contou com a colaboração do Sindicato da Poesia, que nos brindou com a leitura de textos do Ademar surgidos em publicações da ASPA, demonstrativos da preocupação que tinha relativamente a uma intervenção desajustada em Tibães, caso não fosse respeitada a identidade e espírito do Mosteiro Beneditino. 








"Lembramos que Ademar Ferreira dos Santos (9.12.1952/22.5.2010) ocupa lugar de relevo no panteão das memórias do Mosteiro de São Martinho de Tibães. Membro do conselho directivo da ASPA - Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural – desempenhou papel fundamental no resgate patrimonial do Mosteiro. 
Os seus artigos no Jornal Expresso de 27 de Março, 13 de Novembro e 10 de Dezembro de 1982 – “Mosteiro de Tibães: quando as árvores morrem de pé”; “Do Mosteiro de Tibães já se vendem as pedras” e “Mosteiro de Tibães: qualquer dia já não há nada para se vender” denunciaram, à escala nacional, a ruína, abandono e delapidação daquele património que amou e estudou profundamente. Investigando a história, trabalhando documentos e memórias, recolhendo depoimentos, produziu o notável trabalho “Mosteiro de Tibães (1834-1864), trinta anos para perder o rasto de uma memória de séculos” publicado no nº 8 da Revista Mínia, apresentada publicamente no Mosteiro de Tibães em Novembro de 1987. Durante vinte cinco anos acompanhou, apoiou e divulgou com entusiasmo todo o trabalho desenvolvido na recuperação e dinamização do Mosteiro de Tibães.
GAMT aprovou o depósito desses livros no Mosteiro de Tibães não só para o enriquecimento da sua biblioteca mas também para perpetuar a memória de um dos combatentes pela sua salvaguarda e recuperação. Por sua vez a Direcção Regional da Cultura aceitou o depósito e a assinatura do protocolo aconteceu."
                                                                                                                                     Aida Mata
GAMT - Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães

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