Desde janeiro de 2019, que a ASPA insistiu, junto da CMB, no sentido da realização de um estudo fitossanitário e biomecânico atual, de modo a evitar o abate de árvores saudáveis em espaço verde público de zonas residenciais urbanas, conforme a CMB previa realizar nas freguesias de S. Vicente e S. Victor.
Na reunião que então solicitámos ao vereador do pelouro do Ambiente, realizada a 7 de janeiro de 2019, questionámos a marcação de bastantes árvores nessas duas freguesias e tivemos conhecimento que estava previsto o abate de 123 árvores. Posteriormente, insistimos para que fosse realizado um estudo fitossanitário e biomecânico atual, que permitisse fazer um diagnóstico fiável sobre a "saúde" do parque arbóreo na cidade.
Meses depois, a CMB acordou, com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a realização do referido estudo.
Em junho de 2019, por convite da CMB, acompanhámos parte do trabalho de campo realizado pela equipa técnica da UTAD, liderada pelo Engº Luís Martins. Percebemos que o número de árvores em risco era reduzido na freguesia de S. Victor e que, muito poucas árvores assinaladas a vermelho, pela CMB, para abate, tinham esse diagnóstico confirmado pelo estudo da UTAD.
Uma vez que a equipa da UTAD é constituída por especialistas na matéria, esperava-se que as conclusões do estudo fossem o suporte para a posterior decisão política relativa ao parque verde arbóreo urbano.
Entretanto, esta semana, fomos surpreendidos com notícias, nos jornais Público e Diário do Minho, bem como no facebook da CMB, referindo o abate de cerca de 130 árvores, uma decisão política que, segundo a notícia, "é suportada por um relatório pedido à Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro (UTAD)".
Porém, a consulta dos cinco relatórios da UTAD, disponibilizados no dia 21 de abril, através do facebook da CMB, permite concluir que, num total de 288 árvores estudadas, a UTAD aconselha:
Uma vez que a equipa da UTAD é constituída por especialistas na matéria, esperava-se que as conclusões do estudo fossem o suporte para a posterior decisão política relativa ao parque verde arbóreo urbano.
Entretanto, esta semana, fomos surpreendidos com notícias, nos jornais Público e Diário do Minho, bem como no facebook da CMB, referindo o abate de cerca de 130 árvores, uma decisão política que, segundo a notícia, "é suportada por um relatório pedido à Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro (UTAD)".
Porém, a consulta dos cinco relatórios da UTAD, disponibilizados no dia 21 de abril, através do facebook da CMB, permite concluir que, num total de 288 árvores estudadas, a UTAD aconselha:
- 151 árvores sem intervenção;
- o abate de 31 árvores;
- a retirada de 8 árvores mortas, no Parque da Ponte;
- o tratamento fitossanitário a 4 árvores;
- poda (arejamento, formação, manutenção ou segurança) a 94 árvores.
Assim, não se compreende que, havendo um estudo criterioso das árvores indicadas pela CMB, realizado com base em técnicas atuais, a decisão política seja o abate de 130 árvores, conforme referido nas notícias. O estudo foi realizado a árvores indicadas pela CMB, nos seguintes locais:
- Largo do Cemitério do Monte de Arcos (3 abates; 3 tratamento fitossanitário)
- Av. Central (6 abates)
- Rua Prof Machado Vilela (5 abates)
- Av 31 de janeiro (5 abates)
- Campo das Carvalheiras (4 abates)
- Rua do Cantinho (0 abates)
- Parque da Ponte (8 abates; 8 árvores mortas)
Não há dúvidas de que as espécies arbóreas de grande porte constituem um excelente contributo para a minimização do impacto das alterações climáticas, quer nas pessoas, quer nos edifícios e estruturas públicas. A CMB considera que este é "um tema absolutamente prioritário e é fundamental agir de modo rápido e eficaz para evitar, no futuro, problemas graves que ponham em risco as comunidades". A Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas prevê:
- a necessidade da monitorização do estado sanitário do parque arbóreo;
- a reabilitação de galerias ripícolas;
- a promoção do ordenamento e gestão florestal;
- a introdução de elementos de sombreamento, com base na vegetação, nas ruas mais abertas e movimentadas;
- a criação de jardins de infiltração/bacia de retenção/reconversão de pavimentos impermeáveis;
- etc.
Alertas sobre esta problemática:
- Trabalho de campo da equipa da UTAD
- As podas das árvores ornamentais no espaço urbano (2) - maio 2019
- As podas das árvores ornamentais no espaço urbano (1) - maio 2019
- Melhorar o parque verde urbano para minimizar fenómenos climáticos extremos (2) - março 2019
- Melhorar o parque verde urbano para minimizar fenómenos climáticos extremos (1) - fevereiro 2019
- Deixem as árvores em paz! - março 2015
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