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FALAR VERDADE.
Com desassombro, sem pudor, sem politicamente correcto e sem partidarite sobre tudo isto. Porque ninguém está inocente.
Este é o desafio lançado por Isabel Cristina Mateus.
As autarquias procuram iludir a ausência de tecido empresarial ou de oportunidades de emprego, de políticas económicas e culturais intermunicipais capazes de fixar os jovens e as famílias ao interior com festas que distraem os olhos e, sobretudo, o pensamento. Cativam turistas, fixam sorrisos em "selfies" de passagem, mas não criam raízes, riqueza, desenvolvimento sustentado ou promovem projetos de fixação dos jovens e famílias ao interior. O património cultural, edificado ou imaterial, continua esquecido. A burocracia central esforça-se por lhes dificultar o quotidiano, criando entraves, acentuando distâncias, tornando mais longe o futuro. E se aqui ou ali há iniciativas louváveis, estas não têm sido suficientes para fixar ou trazer de volta as pessoas ao interior.
E deixa um desafio a quem exerce funções políticas: falar verdade.
Com desassombro, sem pudor, sem politicamente correto e sem partidarite sobre tudo isto. Porque ninguém está inocente.
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